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sábado, 5 de dezembro de 2009

Miles Davis e o complexo mundo jazzístico



Seria um terreno perigoso arriscar-me a falar acerca do jazz e de sua figura maior, acaso tivesse a intenção de dissertar o tema para especialistas do ramo, no entanto, despido de qualquer pretensão passo a discorrer, dentro de minhas limitações, sobre minhas impressões sobre Miles Dewey Davis Jr. ou simplesmente Miles Davis e o gênero intitulado jazz e, claro,  apenas falando a meus prezados e pacientes amigos.

Antes de adentrar no tema proposto gostaria de deixar claro que o jazz para mim era uma incógnita até conhecer primeiramente John Coltrane.

Estava numa loja de música próximo ao Colégio Arnaldo na Av. Brasil em Belo Horizonte (se não me engano a loja chamava-se Gramofone) quando me deparei com um “cara” tocando sax de uma maneira magistral (num vídeo) e porque não dizer que fiquei quase em transe com aquela figura.

Aquele músico se entregava tanto que pude perceber que de seu saxofone escorria até suor e a cada solo, o exímio músico não dava sinal de parar, fiquei atônito, para não dizer louco e perguntei quem era o mesmo, para o vendedor mais próximo, como não tinha dinheiro naquela ocasião, escondi um disco dele no meio de outros menos interessantes (sempre faço isso nas lojas de cd) para que eu pudesse retornar (como o fiz) e comprar o referido cd em outra ocasião.

Sou um amante da música bem feita, no entanto, me considerava um semi-analfabeto musical (ouvinte claro!), pois, desconhecia totalmente o gênero e quando em algumas tentativas, o som simplesmente não me agradava, parecia “cabeça” e “metido” demais para meus ouvidos apurados de Rock n’ Roll.

Ocorre, entretanto, que como sou bastante insistente em tudo o que faço e havendo uma incógnita ainda pairando acerca dessa música peculiar, encontrei então Miles Davis e mais ainda junto com o já acessível (aos meus ouvidos) John Coltrane no “Miles Davis Quintet”.

Agora poderia imaginar que possuía algum conhecimento que pudesse me tirar das “trevas” quanto ao tema da boa música, pois, já tinha algum acesso e conhecimento à música erudita/clássica, blues, MPB e o meu bom e velho Rock, enredando de Beatles a Sepultura.

Ledo engano! Quanto mais ouço e pesquiso com a facilidade da internet, mais acredito que “sei que nada sei” sobre música (todos os gêneros). A complexidade das várias vertentes e ramificações é enorme!

Sei que ainda é um caminho muito longo até conseguir um mínimo de conhecimento musical (num contexto geral), mas hoje já posso bater no peito e falar: conheço Miles Davis!

Sim prezados amigos, Miles Davis tem um som apaixonante! É bem verdade que tudo depende do momento para a audição (vocês irão dizer), mas a música desse saxofonista é ímpar e será eternizada pela posteridade juntamente com vários gênios da música universal.

Sem querer esgotar o tema deixo aqui apenas algumas dicas para que, caso queiram como eu conhecer o gênero, comecem com os melhores na minha opinião claro, senão vejamos:

Kind of Blue (Miles Davis) – é citado como o álbum de jazz mais vendido da história. Em 7 de Outubro de 2008, o álbum foi certificado pela RIAA (Associação das Indústrias Fonográficas Americanas) com um álbum de platina quádruplo. Kind of Blue tem sido também reconhecido por muitos fãs e críticos como o maior álbum de jazz de todos os tempos, alcançando o topo ou quase das listas de "melhores álbuns" em vários gêneros.

A Love Supreme (John Coltrane) – Foi um sucesso comercial do mundo do jazz e vale destacar que o mesmo, foi composto pelo músico como uma ode à sua fé no amor e em Deus (não necessariamente o Deus cristão).

Getz/Gilberto (Stan Getz/João Gilberto) – Este aqui para minha surpresa já encontrei até mesmo na lista dos "1.000 Discos Para se Ouvir Antes de Morrer" (acho que é assim mesmo o nome da referida lista/livro) e claro fiquei satisfeito em ver um representante do Brasil com muita qualidade (não é o único brasileiro, que se encontra presente na referida lista), o mesmo é quase totalmente feito com composições de Tom Jobim e realmente é uma pérola de composto em 1963.

Duke Ellington (Jazz Party) – Feito em 1959 é o único cd desse grande pianista e maestro, gravado de forma totalmente espontânea, pois, Duke e seus amigos de orquestra o confeccionaram em apenas duas sessões e, frisa-se é um dos mais quentes álbuns de sua enorme discografia.

Charlie Parker/Dizzie Gillespie (Bird & Diz) – O saxofonista Charlie Parker e o trompestista Duzzie Gillespie mudaram as diretrizes do jazz no final dos anos 40 quando criaram o estilo "bebop", dando mais liberdade aos músicos, os dois apesar de serem concorrentes no ramo eram amigos e sua amizade proporcionou essa obra prima gravada como uma “Jam sessions”  e lançado em 1950.

Vale também citar Louis Armstrong e Billie Holiday, no entanto, não saberia precisar qual álbum de suas extensas discografias seria o mais recomendado, pois, tenho tão somente uma coletânea de cada um e talvez esta seja realmente a melhor forma de conhecer esses exímios músicos (uma coletânea) e ainda é relevante também destacarmos Ella Fitzgerald e Charles Mingus, que não podemos  deixar de lado suas contribuições jazzísticas realmente marcantes.

Portanto, nobres amigos ficam aqui algumas dicas, sinceras e despretenciosas, mas jamais se esqueçam: é uma tarefa complexa a incursão junto ao mundo da música, quanto mais no mundo do jazz.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A Brabeza do Fraco (José Vitório Bahia)

Peço vênia a meu prezado Tio José Vitório Bahia para postar seu texto, por acreditar ser oportuno no Blog uma justa homenagem às origens (terra natal) e também porque, diga-se de passagem o texto é muito engraçado e bem escrito, vale mencionar que o texto foi extraído do site www.jornaldacanastra.com.br, parabéns Tio e um enorme abraço, caso leia o presente artigo.


Nossa querida Bambuí merece respeito e somente quem é de lá é quem realmente pode falar mal dela!!!

A Brabeza do Fraco
(José Vitório Bahia)
  Remontando-nos às entradas dos sessenta, na pequena praça, entre idas e vindas, entre o murmurinho e o reboliço das crianças, as promessas e juras subitamente se interrompem:

  “Ouvintes, boa noite... No ar Cacique a voz amiga de Bambuí”. As últimas do esporte, a excursão da AEB, a expectativa da estréia do Zé Morgado com a camisa alviceleste...

   O rapaz com frases de efeito e melosamente tenta convencer e firmar com a pretendida.

  Atentos à passagem da “eleita” e a ”vice-eleita”, nas incontáveis voltas do “footing”, percebemos dois indivíduos, como numa tomada e aproximando o foco, vindo do antigo Club Social de Bambuí:

  Uma cena espremida na tela da imaginação, dois representantes da ala jovem da comunidade bambuiense, braços cruzados, ora mãos nos bolsos, eloqüentes construções gramaticais, o futebol, suas atuações, a desastrosa atuação do goleiro, um deles, chama a atenção pela sua magreza, tão seco quanto Dom Quixote, macilento, o outro um pouco mais gordo nada distante.

  Curiosamente os habitantes fixam-se na praça no primeiro ponto de sua chegada, os do cerrado, os dois são de lá, naquele local próprio deles.

  Já um pouco mais tarde, “a voz amiga” calou-se, menos movimento, não buscam as “preferidas” já se recolheram.

  Dormir? Não! A noite é uma criança, como se fossem dois experientes boêmios.

  Ainda tem o noturno, que vem de Uberaba. Divagando e devagar tomam a direção, mas é claro que é à estação, sem dinheiro, onde mais poderia ser? Logo encontram o Benedito do Correio, informa que o trem está na hora.

  Despreocupadamente os dois peripatéticos, são ultrapassados pelo Elias carregando a mala da senhora importante que afobada quer, logo chegar, para comprar sua passagem, ganham distância e somem.

  Pode-se agora ouvir o seu próprio tropel, agora farfalhado nas pedrinhas até a rampa que leva à plataforma. O trem já partiu de Tapiraí. A mulher importante ajeita-se posiciona para pegar o trem.

  Novas voltas, também se postam o esquálido D. Quixote, “cavaleiro de triste figura e seu fiel escudeiro”, aguardam o trem chegar. Ouve-se os primeiros ruídos, ainda um pouco e o teremos.

  Surge lá na curva do Armazém do Habib com seu forte facho de luz, parece agora diminuindo marcha e som. Olhos atentos, a máquina indiferente sem esforço passa pelos dois desocupados, passa um vulto vermelho, para se ocupar a daí a pouco. Freou-se irritando com um som de freio de trem, parou.

  Inicia-se a peregrinação vai até a cabeça e volta para o rabo. O magricela assobia mais fino, ágil desvencilha facilmente entre os aflitos e alguns contentes da chegada, balança a cabeça e contrai os lábios sinal de nada de bom aconteceu. Quase no último carro, antes do leito, um passageiro de feições nobres, bem vestido e apessoado, descortina a vidraça, baixa o vidro mete a cara para fora, após lançar com desdém olhar sobre as tênues luzes, uns tomates, voz empostada diz:

  “- Õ cidade abacaxi, ô bomba, ô roça!”

  Era Bambuí, vista da estação, no seu humilde e adormecido jeitão. Antes de dizer mais uma palavra, mau soara “ô roça” o magricela estacou-se, dedo riste exibindo sua pálida figura, pausadamente com todos os “ps e fs” e de sopetão:

  - Olha aqui seu fedepê, sem vergonha, vai pra p... que te p... Fale alguma coisa mais da minha cidade que te dou um tiro na boca. Cachorro!

  Surpreso também ficou o “ Sancho” que nunca vira o magrelo tão bravo, a ponto de dar um tiro, pensou vamos ver no que dá .

  O infeliz passageiro, atônito e estupefato, petrificou-se, recolheu-se à sua insignificância...   Um tiro... na boca ... era todo pavor.

  O que se podia esperar do magricela e ranheta, que percebeu-se dono da situação e recebeu apoio do colega agora lívido.

  - É isso mesmo dá um tiro na boca desse panaca, pra aprender a respeitar a terra dos outros.

  Não havia muito alarde de tal maneira que poucos ouviram. O trem não saía para desespero do passageiro.

  Duas batidas è o sinal da partida, o magro ainda dedo riste, tal como um “galinzé”, com “brabura” e firmeza ainda ameaçava o pobre infeliz.

  O trem soltou os freios começou a embalar acompanhado pelos dois da terra ofendida, até a ponta da plataforma. O trem sumiu na escuridão da curva da gabiroba.

  De volta à realidade, entre risadas estripulentas.

  -“Você viu como ele ficou branco ? Suava frio. Será que ele borrou nas calças ? Agora refeitos do susto o menos magro aparteou:

  - Peraí, você ia dar tiro com o quê? Se você só tem no bolso um pente Flamengo

  O pálido herói ganhou as ruas do”Tomatal”, e nunca mais se viu o debochado viajante.

Muito obrigado Abrão, Dom Quixote caipira, Bambuí fora vingada.

  “Quem não ama a sua terra e não defende o seu idioma , entrega primeiro, a alma ao estrangeiro, antes de ser por ele absorvido” ( Rui Barbosa )

Alma de Joelhos (poesia)


A alma de joelhos,
Que demarca o limite máximo de conformidade,
Varre a substância impura da mente.

E os olhos...
Os olhos sorriem, clamando perdão!


Perdão, súplica de incessantes devaneios,
Quimera estagnada do ego,
Que arde o homem interior,
Escarrada ao chão!

Agora o corpo vaga sem equilíbrio!


Tudo isso é amar:
Uma vaga lucidez de loucura,
Esmagada pela contradição de sentimentos.
(Ivarleno Teles)

Justiça do Trabalho - Justiça para Todos

A história da justiça do trabalho no Brasil se inicia em 1939, surgindo, então a necessidade da criação de normas da matéria trabalhista. Ocorrendo, em conseqüência, a decretação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT em 1º de maio de 1943 pelo governo de Getúlio Vargas, sendo certo, que a mesma entrou em vigor em novembro daquele mesmo ano em pleno Estado Novo.


Havia naquela época uma enorme mobilização popular, impulsionada principalmente pelo movimento sindicalista que crescia, representando um marco em nossa história, pois, o país deixou de ser uma economia agrícola para se tornar cada vez mais industrial em consonância com todo o contexto mundial.


A CLT, como é chamada era a reunião de esparsas e inúmeras leis sobre os mais diversos assuntos trabalhistas e, diante disso, não poderia ser chamada de Código, por não se tratar de um direito novo e sim uma reunião consolidadora das leis já existentes.



Para a pessoa que trabalha com registro em carteira de trabalho, tendo em vista seu amparo pela CLT, o termo utilizado para denominação de sua categoria é celetista, diferente de uma pessoa que trabalha como pessoa jurídica, como profissional autônomo ou até mesmo como alguns servidores públicos, que são chamados de estatutários (regido por um estatuto).


Em 1988 foi instituída nossa atual Constituição, sendo recepcionada a CLT, tendo, inclusive, um capítulo que trata dos direitos sociais e artigos que detalham a gama de direitos inerentes ao trabalhador, tanto o urbano, quanto o rural em seu artigo 7º, além da previsão de sindicalização, direito de greve e outros.


Os direitos conquistados pela promulgação da Constituição Federal, pela CLT e a atuação da justiça do trabalho e ministério do trabalho junto às relações empregatícias representam hoje um amparo aos milhares de trabalhadores em todo o país.


Por fim, vale mencionar que, independentemente, de o trabalhador encontrar-se com anotação em sua carteira de trabalho ou não, todo e qualquer trabalhador que prestar serviços, cotidianamente, mediante salário, sob as ordens de uma determinada empresa ou empregador, terá mediante ação cabível junto à justiça do trabalho todos os direitos e garantias previstos nas legislações citadas.

Them Crooked Vultures e lançamentos musicais de 2009






Them Crooked Vultures nome da banda criada este ano e considerada pela mídia um supergrupo de hard rock formada por nada menos que John Paul Jones (baixista do Led Zeppelin), Josh Homme (vocalista do Queens of the Stone Age e Kyuss) e Dave Grohl (baterista do Nirvana e vocalista/baixista do Foo Fighters). A primeira apresentação da banda foi realizada no dia 09 de agosto de 2009 no Metro Chicago (em Chicago, Illinois, EUA) e o disco foi lançado em 17 de novembro de 2009.

É claro que já possuo o mesmo e prezados, confesso superaram minhas expectativas! Como não agüentava esperar o lançamento, encontrei um cd ao vivo gravado na Holanda em 22/08/09 e posteriormente ouvi de forma mais apurada o cd de estúdio dos caras. São 13 faixas que permeiam em minha humilde opinião ao som do Led Zeppelin e em alguns momentos o próprio Queens of The Stone Age (Stoner Rock), tendo em vista claro seus respectivos membros e, conseqüentemente, suas influências naturais.

Podemos perceber a inovação do som misturado com uma sonoridade setentista (anos 70), portanto, mesclando o novo ao antigo temos a sintonia perfeita a meu ver de uma Superbanda, mas não tendo em vista serem seus integrantes quem são, mas realmente pelo som que eles levam, com sinceridade, competência e prazer de fazer boa música, ingredientes perfeitos para uma “Superbanda”.

Confesso a vocês que o ano de 2009 teve vários lançamentos consideráveis no meio musical e para tanto cito alguns que já possuo e pude ouvir até o momento:

Alice in Chains (Black Gives Way to Blue) - Ótimo lançamento e muito esperado no meio musical, tendo em vista a entrada do novo vocalista (William DuVall) desde 2005 no lugar do falecido Layne Staley, a banda tem vários sucessos e gosto muito dos discos gravados com Layne, mas meus amigos, o novo Alice in Chains renasceu com uma roupagem muito mais revigorada e, frisa-se sem deixar de ser “O bom e velho Alice...”;

Vale a pena citar alguns lançamentos que considero relevante, apesar de não serem todos, mas na minha humilde opinião são os melhores, o que comprova a boa safra do ano de 2009.

Chikenfoot - outro Supergrupo composto pelo vocalista Sammy Hagar (ex-Van Halen e Montrose), o baixista Michael Anthony (também ex-Van Halen), o guitarrista Joe Satriani e o baterista Chad Smith (Red Hot Chili Peppers), interessante também o som dos caras, um hard rock bem executado e apesar da reunião perigosa de tantos egos, podemos perceber a harmonia da banda.

Pearl Jam (apesar de gostar muito do grupo, não há muito de novo nesse bom disco), Bob Dylan (sem nada acrescentado), Cat Stevens (hoje YUSUF), Dinousar Jr., Gov´t Mule (muito bom!), Muse, Green Day, Heaven & Hell (excelente!), Wolfmother (ótima banda e excelente disco!), Sepultura (gostei mais do EP do trabalho paralelo do Musica Diablo, projeto paralelo do vocalista Derrick Green com músicos brasileiros), Slayer (Tomara que não seja realmente o último cd, conforme anunciado, pois o velho Slayer melhora a cada dia como um bom vinho “cabernet savignon”), Kiss (nada a acrescentar, mas interessante), Sonic Youth, Lynyrd Skynyrd (bom disco!), Megadeth (bom disco!), The Answer (ótima banda e bom disco!), U2 (muito bom cd!) e um lançamento também interessante do The Black Crowes.

Em terreno tupiniquim também temos alguns lançamentos a meu ver interessantes, os quais cito alguns: Pitty (apesar de gostar muito dos outros trabalhos dela, ainda não tenho uma opinião formada acerca do mesmo), Nando Reis (bom disco!), Arnaldo Antunes (o melhor para mim!), Titãs (bom disco!), Móveis Coloniais de Acaju (bom cd) e Os Paralamas do Sucesso (ainda de longe um rascunho do que era no passado).

Bom caros amigos, fica aí, então minhas dicas referentes aos lançamentos de 2009, que rendeu além de Them Crooked Vultures ótimos lançamentos musicas (aproveitem a chegada do “bom velhinho” no natal), boa audição e até breve...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

KI-Suco de Pedreiro origem



Nada melhor do que começar o blog explicando a origem de seu nome e para tanto tenho que me remeter aos anos 70 e 80, ou seja, em minhas lembranças de infância e adolescência resgatando em minha memória algumas boas experiências vividas e sabores que, inclusive, gostaria que minhas filhas pudessem conhecer.

É claro que hoje elas têm outros valores que, guardadas as proporções e levando-se em consideração a geração são de extrema relevância para elas, no entanto, a gente sempre acredita que a nossa infância era melhor (quanta inocência tínhamos naquela época!) e que nossas experiências sentidas eram melhores que as de hoje em dia.

Em nossa geração quem não se lembra das deliciosas balas sugus, jujuba, banda, Soft redondinhas (que facilmente eram engolidas), Chita, pirulito Zorro (no formato retangular), cigarrinho de chocolate Pan (esses não seriam uma boa experiência para elas), Mandiopã, grapette e do guaraná Baré-cola?

Os programas de televisão eram ansiosamente esperados, pois, geralmente passavam somente uma vez por semana como Os Trapalhões, Super Máquina, Mac Gyver, Spectroman, Ultraman, Esquadrão Classe A e tantos outros que hoje talvez não fariam tanto sucesso entre a molecada!

Realmente era um tempo de inocência, que sempre me trazem boas lembranças apesar de não me quedar nostálgico com o passado, pois, temos sempre andar para frente acrescentando novas experiências, o que é o certo em nossas vidas, não é mesmo?!

Também da mesma época era o já extinto (não sei ao certo se extinto ou não) K-Suco com os sabores de laranja, uva, abacaxi e limão, que fazia tanto sucesso na mesa das famílias, principalmente pelo seu preço em comparação a alguns refrigerantes e outros sucos da mesma época.

Certo é que diante da sua acessibilidade às pessoas menos abastadas financeiramente, o mesmo era alvo para quem além de apreciar o seu gosto (que hoje não me agrada tanto assim) o utilizava de maneira um tanto quanto peculiar, digo isso, pois certa ocasião estava reunido com amigos de infância (nossa turma era muito unida e tentamos manter nossa união até os dias de hoje apesar das dificuldades) quando passávamos próximo a uma construção ouvimos dois pedreiros ou ajudantes efusivamente relatando em voz alta que iriam fazer o seu “K-suco”.

Curiosos como éramos ficamos apenas observando aquela cena e percebemos que o motivo para tamanha alegria de ambos não era tão somente a confecção do relatado K-suco, mas o que eles iriam misturar junto à bebida!

Curiosamente um dos “comparsas” retirou de uma sacola uma garrafa de pinga que foi misturada junto ao K-suco, sendo, conseqüentemente, servida em copos de alumínio, que foram além de brindados sorvidos de uma só vez por cada um.

Pelo tempo que ficamos observando a cena foram aproximadamente umas três canecas que cada um bebeu de forma efusiva, momento em que deixamos a cena de lado.

Certo é que diante dessa curiosa ocasião, é claro que em nossas farras de adolescência utilizávamos o método, ou seja, a mistura de pinga, vodka, rum (dependendo da situação e do dinheiro que dispúnhamos), o que restou batizado pela turma como “KI-SUCO DE PEDREIRO”.

Portanto, caros amigos essa é a versão da origem do nome do presente Blog, sendo meu intuito sorver minhas memórias, idéias como se ainda estivesse em minha adolescência rodeado de meus queridos amigos...